No Dia de Finados
morreram as saudades.
Alguém que amava até doer
teve de enterrar viva à lembrança do seu amor para poder continuar.
Ouviu-se barulho no cemitério:
centos de lágrimas a bater no chão,
a esconder o som dos latidos no caixão.
A missa foi curta:
palavras como agulhas a magoar o ar,
a repeter por última vez seu nome.
Depois, já só houve silêncio.
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